quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cores, vida, chamem como preferirem

Escuridão, negritude, sempre foi assim, desde os tempos primórdios a existência estática da não existência. Por que havia de ser perturbada por um grão de mostarda, assim timidamente em seu canto surgindo. Para o Nada nada significava mas sua quietude era encenada e em um breve momento sem aviso prévio explodiu!

Sua claridade era incômoda em meio a escuridão dominante mas esforços foram em vão. Sua rapidez de expansão indescritível em tempo cronológico mas em dado momento ela ocorreu e trouxe consigo o amarelo. Um amarelo pálido como um recem-nascido em seus primeiros instantes de vida mas como o primeiro suspiro seus pulmões se enchem de vida e sua transformação é evidente quando se torna o amarelo mais radiante já visto, alias como não o ser em um mundo em que só precede escuridão?

Algo acontecia. Uma lenta mutação era lenta porem notável e do laranja se apressou para o vermelho quando inflamou. Este era vivo e viril porem apenas nos primeiros instantes pois lutava com a fúria do amarelo que reivindicava seu trono - uma bela passagem diga-se de passagem - batalha essa em vão fez cegas as cores dominantes para o verde que brotava em focos curtos e palpitantes que a cada palpitação ritmada tornavam mais e mais os campos fragilizados pelos conflitos. Das bordas foi ganhando espaço até se fixar por total nos últimos pingos vermelhos no centro.

Esse no entanto já não era sábio, nem belo, nem forte, nada o capacitava, era apenas um verde aproveitador esperando que lhe tomassem o que conseguira da forma mais suja possível. Porem o o mesmo não acontece e a auto-degradação se encarrega de destrona-lo. Ele já não era mais vivo, era viscoso, escuro, estava em decomposição. Se achou neste momento então que o verde escuro acinzentado traria de volta a escuridão. Será ela a legitima função de ocupar o tudo, que logo tornaria-se nada?

Como de conhecimento geral as telas transcendentais não são compreensíveis nem tão pouco previsíveis e da escrotidão fétida do apodrecimento do verde um velo tom púrpura brotou, timidamente, quase como se por conta própria rejeitasse um avivamento imediato, talvez por precaução, porem na paciência do destino ela chegou.

Nunca existira algo tão pacifico e tão efervescente ao mesmo tempo, era como se a perfeição angelical soasse e tornasse o impossível real. Era maravilhosa aquela vivacidade juvenil do roxo pulsante, cintilante, energético. Ondas de calor passavam à bailar por toda a infinita extensão da tela. Em alguns momentos o roxo se apaga, como se as forças ocultas erroniamente evocassem a negritude, é sempre breve até que se levante envivecendo outra vez, parece estar predestinado a ser eterno expondo sua magnitude invisível, tactil apenas para quem a vivencia.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cartas das mentiras reais - Parte I

Essa manhã recebi a missão de divulgar as cartas por mim recebidas de um historiador, amigo de minha familia o qual o nome não posso divulgar, que trabalha com o desvendar do que ele chama de mentiras reais, que por suas palavras são "conspirações corporativas que por motivos de força maior são travestidas de verdades confortáveis". Recebi essa tarefa pois este mesmo está em constante mudança e não pode se expor de forma direta pois é perseguido por incomodar algumas das pessoas e instituições mais poderosas do mundo.

A partir de hoje passarei a publicar suas cartas assim que as receber mas não os prometo fins lúcidos ou textos facilmente aceitáveis pois a verdade nem sempre é fácil de se digerir e normalmente seu tempo é curto pois necessita estar sempre em movimento para não ser capturado.


"É com a incerteza de conseguir terminar esta carta que vos escrevo que denuncio uma conspiração que por muito tempo foi escondida do mundo.

A Coca-cola company hoje é um grupo empresarial multi-milionário que atua em vários ramos diferentes e inúmeras histórias são contadas sobre sua criação porem todas fraudulentas.

Todas as histórias datam em torno da década de 1880, uma de suas vertentes mais famosas coloca John Pemberton como farmacêutico, introspectivo e com problemas sociais que foi convencido pelo contador Frank Robinson a fazer uma perigosa mistura de xarope para digestão a base de cola com álcool etílico para criar uma bebida que foi batizada de “Pemberton’s French Wine Coca”. Que teoricamente foi banida do mercado com a lei seca americana e se transformou no refrigerante tomado atualmente por todos os lares do mundo, a Coca-cola.


Se você é uma das pessoas que até hoje acreditava nesta versão ou em qualquer outra já contada se surpreendera com a verdade.

John Pemberton foi, na verdade, um dos 20 cientistas enviados para as selvas sul-americanas pelo instituto britânico de pesquisas alquimicas, que posteriormente seria desmanchado com a banalização das ciências e se dividirá em dois grupos que fundaram cada um, a fronte de pesquisas científicas de Oxford e a CIA. Ao chegar ao continente John desrespeitou as fronteiras nacionais e as ordens britânicas e passou a explorar por conta própria e sem a intervenção britânica os mistérios naturais do continente, assim então descobriu um área onde fenômenos incomuns ocorriam. Após meia década de estudos neste local começou a ser perseguido pelo governo britânico e buscou asilo com o governo norte-americano que de hora recusou mas foi persuadido por Frank Robinson amigo de John e braço direito do presidente norte-americano. Assim os EUA se mostrou interessado em suas pesquisas e o ajudou a continuar com as mesmas com a condição de que tudo que ele descobrisse fosse relatado e entregue. No dia 23 de setembro de 1876 John Pemberton foi capturado e morto pelo exército britânico durante uma visita a familiares na França porem suas pesquisas sobre a terra misteriosa, assim como sua localização, estavam protegidas em solo americano. Após sua morte as pesquisas cessaram e os relatórios passaram a ser estudados por uma banca de cientistas que descobriram a existência de uma variação da "noz-de-cola", comum em países sul americanos, com propriedades que se manipuladas poderiam ser usadas como venenos poderosos. Assim feito o veneno passou a ser importado para a inglaterra camuflado de xarope para problemas intestinais com o propósito de gerar um genocídio e por fim às corporações secretas inimigas que travavam guerras ideológicas com as norte americanas mas para a surpresa geral o veneno misteriosamente não só foi ineficaz como também ganhou fama como saboroso acompanhamento para bolachas.

Espantados e para não perder tempo refizeram a pesquisa e descobriram que para surtir o efeito necessário o xarope deveria descansar em local abafado por 2 meses o que não havia ocorrido na leva exportada para a Inglaterra. Com audácia rapidamente o xarope foi acrescido de gás para amenizar os efeitos e patenteado como Coca-Cola."