quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Declaração (com ajuda do Vinicius)

Para quem não está a parte dos fatos eu estive internado durante quatro dias dos quais três estive na CTI e não me recordo de nada. Conversando com minha avó sobre esse momento do qual não me recordo eu, de certa forma, relembrei o quanto amo.

Sim este é um texto sobre amor, amor adolescente e inconsequente se é assim que quiser encarar e se n ao quiser não há necessidade de continuar a ler.


“Liga para a Camilla!” balbuciei sobre efeito de remédios ao passar na maca pelo corredor do hospital conta a minha avó. E é apenas para este motivo a qual escrevo, contar ao mundo (ou aos poucos leitores do meu humilde blog) tamanho o amor que sinto pela aquela à qual posso chamar de minha e compartilhar o “soneto da fidelidade” de Vinius de Moraes, grande Vinicius este o qual, ao menos uma vez na vida, orquestra uma grande história de amor.

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.



Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento



E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama



Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
.

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