Esse post é especialmente pessoal, não é de critica, não é de comedia, é pessoal então se você esta afim de ler alguma coisa bombástica ou crítica se pode passa pro próximo post. Se você optou por continuar lendo então me desculpo desde já pela linguagem que estou usando porque afinal é um desabafo.
Eu estou a muito tempo sem escrever alguma coisa aqui porque comigo essa história de que a depressão cria vontade de escrever não cola. Tudo bem que criei o blog exatamente por causa de uma puta crise depressiva e acho que agora to em outra e isso ta me tirando completamente a vontade de escrever. Mas um fio de inspiração me fez criar forças pra escrever aqui e para vocês entenderem do que eu estou falando tenho que volta um pouco na história.
Apesar da minha pouca idade eu já namoro a mais de dois anos, no início do ano nosso namoro acabou e eu achei em alguns momentos que isso era o fim do mundo e após resistir a idéia eu comecei a aceita-la e tentar tocar a minha vida em uma nova cidade, nova escola, novos amigos e a mudança mais drástica de todas, o fim de um namoro que ja durava dois anos. Demorou algum tempo para eu conseguir "superar" isso e quando estava começado a vencer a minha luta contra a sensação de fim de mundo que por muito se instaurou no meu peito eis outro impacto na minha vida, dessa vez um impacto bom. Descobri que então que eu não era o único a sofrer e após um período de relutância, antes que me questionem período o qual nos dias de hoje não me interessa mais o que ela teve de fazer ou deixar de fazer para chegar a conclusão que chegou, a Camilla (não sei se deveria chama-la pelo nome por ser um blog mas afinal esse é um desabafo e se você ta lendo esse texto nesse momento deve se interessar ao menos um pouco pela minha vida e em consequência deve conhece-la) voltou a me procurar e timidamente aos poucos foi se mostrando arrependida e decidida a lutar pelo que abriu mão.
Foi então minha vez de resistir a ela talvez por medo de sofrer, eu havia mudado, não meus sentimentos mas minha forma de pensar e agir, eu havia amadurecido muito no tempo que passamos separados e aparentemente ela também e essa mudança foi fator que primordialmente me deixou inseguro, assustado e resistente. Apesar de resistir por um bom tempo decidi então abrir uma brecha na minha carcaça que havia se criado para separar meus reais sentimentos de mim mesmo e me poupar sofrimento (esse talvez seja o verdadeiro assunto deste post).
Aos poucos a intimidade foi se retomando e nosso laço começou a se refazer aos poucos, as feridas foram cicatrizando e como toda ferida deixou cicatrizes. Um namoro bem menos infantil começou a se formar apesar de todas as dificuldades impressas pela familia de ambos, dificuldades bem menos acentuadas do que no primeiro canto de nossa historia.
Enfim chegando aos dias atuais, alguns meses após o namoro ser reatado e com início das férias escolares, único período que teríamos para ficarmos juntos mais tempo por causa da distância entre as cidades que moramos, um avião a leva ainda para mais longe de mim, para fora do país, mais especificamente para a Disney, sozinha com as amigas e livre para viver o que quiser. Certamente eu deveria apoiá-la na viagem, além do mais é um ato de libertação uma nova experiência, um país estranho, uma língua estranha e sem os pais mas é obvio que as coisas não seriam tão fáceis assim se tratando de mim. Munido de um insegurança alimentada pela minha tremenda baixo estima e pela constante exposição as minhas cicatrizes emocionais tudo tomou uma outra proporção, a viagem se tornou uma tortura que aumentava cada vez mais com a proximidade da viagem e exatamente neste momento ela deve estar passando pelas portas do avião.
Agora que conhecem um pouco da minha história posso começar a falar sobre o real assunto do texto.
Agora pouco voltei da rua, estava me distraindo a qualquer custo tentando me esconder da minha própria mente usurpadora e por momentos estava dando certo, eu tinha me esquecido da viagem, da distancia, das inseguranças e tudo mais. Dai ao chegar em casa, BUM, tudo outra vez, minha armadura se partiu, além do mais esse é o grande problema de tentar se esconder de você mesmo, você sempre se encontra querendo ou não.
Fugir de mim e dos meus problemas é uma coisa que eu faço muito, tenho criado dentro de mim compartimentos secretos onde coloco todas as coisas que eu quero esquecer ou por serem maiores que eu ou dolorosas demais para encarar de frente. Isso funciona como uma penitenciária de sentimentos e as vezes acontecem algumas revoltas e os sentimentos começam a gritar e protestar dentro de mim tentando se libertar das muralhas que eu crio pra afastar eles de mim.
Essas revoltas se resultam em mudanças de humor repentino, retomada de assuntos que até então se pareciam resolvidos ou ao menos esquecidos e quando combinadas com fatores externos me geram crises deprecivas.
Não digo que estou em uma crise depreciva mas to em uma grande batalha com meus sentimentos pra tentar aprisionar eles e ao mesmo tempo disfarçar com maquiagem emocional minhas cicatrizes que sismam em pulsar na epiderme da minha alma. Estou me sentindo tão indefeso e inseguro como uma criança recem-nascida em relação a essa viagem, estou com medo das mudanças que o tempo e o ar de um novo mundo podem causa-la e ao invés de dar o melhor de mim nos últimos dias para deixar uma boa ultima lembrança fiz tudo errado, o que já era de se esperar vindo de mim...
Pode parecer loucura, e talvez seja, e muito provavelmente todos que tiveram paciência para ler até aqui vão entrar em euforia emocional quando lerem o que estou prestes a escrever, vão insistir em me convencer de que não é certo pensar assim, de que não tenho idade de pensar assim e de muitas coisas ainda estão por vir e varias outras baboseiras que eu to cansado de ouvir. Mas cada vez mais tenho a sensação de que é com ela que eu quero estar em todos os momentos da minha vida (é ai então que você volta para ler outra vez e ver se entendeu direito dai então um desapontamento e a idéia de que eu sou um louco, uma criança que não sabe o que fala bate em você). Porra ai eu me pergunto, se eu tenho capacidade de decidir a carreira que vou seguir e o que vou fazer pro resto da minha vida não posso escolher a pessoa que quero que me acompanhe na minha caminhada? Em meio a tantas decisões importantes da minha vida sendo tomadas porque pareço louco ao dizer que não quero "curti" a minha vida pegando geral e sim continuar com a pessoa que estou hoje? Qual o crime que estou cometendo em dizer que não acredito que estou na "idade de me divertir" como já ouvi muitos dizendo e sim no momento de começar a viver, a descobrir as coisas, e querer que isso tudo aconteça em conjunto a uma pessoa que escolhi como porto segura, detentora dos meus segredos, a quem confio a mim mesmo e a chave do meu coração?
Tô percebendo isso, mas nao usa esse sentimento para se auto-destruir. Ela vai viver uma experiencia inédita, vai crescer, amadurecem, voltar com outra visao de mundo; nao fique para atrás! Preencha seu tempo com atividades que te acrescentem e te construam, que te sejam inéditas também. Que te aprimorem cada vez mais, te tornem mais bonito e mais consistente. Torne-se mais desejavel e interessante, e nao chato, massante e depressivo! Durma, sonhe, cuide da beleza, recícle-se! Torne-se atrainte e sedutor! Desejável! Valorize-se! Bjs.
ResponderExcluirsim sim, como piercings no nariz!
ResponderExcluirfernanda vilela
ResponderExcluirque lindo victor , a camilla vai amar quando ler tudo isso que você escreveu .